Até que em BH a gente encontra uma vez ou outra alguns homens pelo caminho, essa espécie cada dia mais em sério processo de extinção. Estávamos ontem no Bar do Antônio, eu e uma amiga queridíssima e ao chegar no estabelecimento notamos que 90% dos presentes eram homens, acreditem se quiser, claro que a maioria não providos de beleza exterior, mas ainda assim eram do gênero masculino. Nenhuma mesa no lugar, fomos para a parte de cima e lá encontramos uma mesinha no cantinho perto do banheiro, a única, e para a gente tudo bem, fomos para fofocar e não pra paquerar, provamos o prato com jiló que concorre esse ano no Comida di Buteco e conversamos muito, não paramos de falar. Aí notei que um sujeito da mesa perto da nossa não parava de me encarar, e como esse sujeito era provido de beleza exterior tipicamente do meu gosto, coisa rara por essas bandas, eu resolvi retribuir o olhar. Lá pelas tantas um dos sujeitos dessa mesa se levanta e vem falar com a gente, fiquei até surpresa, poucas vezes vi um homem em bar tomar a iniciativa pra falar com uma mulher, pelo menos não acho isso comum em BH, mas enfim, o tal que estava me encarando ficou assim a noite inteira, e não tomou a iniciativa de levantar e vir conversar, mesmo com um conhecido na mesa, no fim ele fez um sinal de: e aí? Aí que eu levantei, deixei meu email com o amigo dele, que depois descobri nem se conheciam direito e fui embora! Minha amiga disse: Ah Patty, um frouxo sem iniciativa, vai ser assim a vida inteira, dá moral não amiga! É foda, mas é fato!