Estamos todos ausentes. Ausentes de nós mesmos. Não que um dia estivéssemos presentes ou conscientes do que somos. Somos robôs, nos tornamos robôs. O contato com a natureza me faz perceber o quanto sou animal e o quanto o fato de raciocinar me faz ignorante. Ignoramos o fato de sermos iguais, exatamente iguais a tudo que existe no mundo. Piso na terra fria e úmida e faço uma conexão, me encontro como parte de um todo, o que de fato sou, mas nem sempre reconheço. Sou um nada. Um nada que faz parte de um tudo, que também é nada. Sou uma folha ou uma pessoa, não importa.