Há 10 anos atrás eu estava nos Estados Unidos, completamente apavorada, passando a noite em claro, imaginando que seríamos atacados por bombas nucleares. Eu achei realmente que não haveria dia seguinte...mas o dia seguinte veio...e eu vi muito sol nascer... fui mãe... e soube o que era amar de verdade...o que me inspira a escrever hoje nesse diário virtual...
Acabei de assistir pela milésima vez o filme: "O amor nos tempos do cólera", baseado no livro do fantástico Gabriel Garcia Marquez. Claro que chorei no final, porque é lindo. Fala do amor romântico entre um homem e uma mulher.
Eu sou uma romântica que não acredita em romance, dentro de mim isso é bem contraditório mesmo, bom, talvez eu só não acredite nos homens, quem sabe se eu virasse lésbica?! Não tenho vocação, e também acho que seria pior amar uma mulher, nós mulheres conseguimos ser piores que os homens, somos mais cruéis. Os homens só não conseguem ser fiéis. Pobres homens! E porque damos tanto valor a fidelidade? Fidelidade deve ser overrated!
Hoje também fiquei pensando que às vezes a gente gosta de alguém que não gosta mais da gente, por exemplo, a pessoa termina um relacionamento, mas o amor só acabou de um dos lados, aí a gente diz: "-Ele vai se arrepender, ele perdeu uma mulher maravilhosa, nunca ninguém irá amá-lo como eu!" Mas aí logo lembro que isso não existe. Se a pessoa terminou, ela não te ama mais e não amará depois. Essa pessoa não se arrependerá, e provavelmente um outro alguém o amará mais do que você . O que quero dizer que às vezes aquilo que achamos que é amor é apenas uma ilusão. Não existe de verdade. E muitas vezes perde-se tempos demais imaginando, se iludindo...
Foi o amor de Florentino Ariza por Firmina Darza uma ilusão que durou uma vida inteira? Foi amor ou ilusão? Se concretizou e foi lindo, mesmo que uma ficcção....me fez reconhecer que só o amor consegue dar algum sentido a vida.
Mas será que já senti esse amor por um homem? Ou foi sempre uma ilusão? Será que conseguimos reconhecer um amor de verdade? Acho que nunca saberei, só consigo reconhecer o meu amor de mãe.
